segunda-feira, 22 de setembro de 2008

METARECICLAGEM: EM BUSCA DA CONSERVAÇÃO DO MEIO-AMBIENTE E COMPARTILHANDO CONHECIMENTOS



Pedro Paulo Libório Lima do Nascimento

Para onde vão os computadores, teclados, mouses, e periféricos em geral da informática? Como evitar a propagação desses materiais quando superados tecnologicamente? A Metareciclagem é uma solução que traz a resposta para todas essas questões.

Esse tema para alguns pode até se atrelar a inclusão digital, mas é importante esclarecer que enquanto a inclusão digital está ligada a questões políticas e governamentais, a metareciclagem implica no “Você é quem faz acontecer”. Ela se dá basicamente na reconstrução de computadores e periféricos em desuso. Deste modo projetos de cunho social utilizam essa idéia para resgatar jovens marginalizados pela sociedade, fornecendo conhecimento.

No Brasil projetos como o Espaço Estilingue - Belo Horizonte e o CyberSocial - São Paulo, são projetos que acontecem devido a parcerias entre faculdades, empresas e doações pessoais que, além de ensinar a jovens manutenções de computadores, também fazem sua parte ambientalmente, uma vez que a sucata se transforma em material utilizável. Dalai Lama monge e doutor em filosofia budista reflete a respeito da tecnologia:
“A revolução tecnológica é positiva. Um dos principais objetivos do budismo é a iluminação. E iluminação significa saber mais. Se a tecnologia facilita o acesso à informação e a comunicação entre as pessoas, ótimo.”

De tempos em tempos surgem idéias que crescem fora da atenção das pessoas. Ninguém sabe a origem, ou quem é responsável pelas mudanças que estas ocasionam. Em diversas partes do país projetos geram educação se apropriando de tecnologia para mudanças sociais. O ponto de partida da metareciclagem é a doação que deve partir de empresas e pessoas.
O Software livre juntamente com a metareciclagem seria uma parceria interessante, porque dessa forma estaríamos construindo consciência ambiental e quebrando o monopólio de Sistemas Operacionais, onde somente empresas podem desenvolver e modificar um sistema e não os usuários como sugere o Software Livre, tudo isso além de estar agindo socialmente.

As dificuldades para colocar a metareciclagem em prática são muitas dentre elas está à própria conscientização das pessoas. Felipe Fonseca organizador de um dos principais sites sobre o tema no país comenta:
“De uma resistência à maneira aberta e livre que tentamos dar para a apropriação tecnológica, até uma visão míope que tenta entender a metareciclagem como mero projeto de reaproveitamento de computadores velhos (o que é uma visão muito limitada do que a gente tem a propor).”

A metareciclagem é um tema que precisa ser discutido e ampliado, para que este assim como as questões ambientais não se torne apenas “meras expectativas”. Cabe a nós descobrirmos se realmente vivemos uma fase mais “humana” da relação entre homens e máquinas, um momento de aproximação entre os indivíduos com auxílio da tecnologia.